quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Com sismos fortes Portugal não tem casas que aguentem

Fiscalização não garante reforço anti-sísmico
in Público, 19.04.2009, Luísa Pinto

À pergunta se estará Portugal preparado para responder a um sismo, Mário Lopes, secretário da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES), anda há mais de sete anos a dar a mesma resposta: não!

O responsável da SPES, que é também investigador e docente na área de Engenharia Sísmica no Instituto Superior Técnico (IST), tem muitos níveis de preocupações(…) O segundo nível de preocupação reside na possibilidade de a actual lei não estar a ser cumprida: "Impera a lei da selva, em que cada um pode fazer o que quer", acusa o especialista em sismos. A lei existe, mas ninguém verifica: nas câmaras, basta a assinatura do engenheiro civil que assina um termo de responsabilidade em conjunto com o projecto de estruturas. "Quando houver um sismo é que vamos saber se a lei foi cumprida e se os edifícios foram reforçados ou não", ironiza.

Adaptado de http://www.adurbem.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=456&Itemid=208


Eis as palavras do magistrado Salpico, fundador do Observatório para a Segurança de Cidades e Estradas, organismo não governamental constituído por vários procuradores, magistrados, engenheiros civis e engenheiros sísmicos em representação da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES):

«Infelizmente as construções anti-sísmicas em Portugal estão ao nível de um país do terceiro mundo. Se acontecer uma catástrofe não temos casas que aguentem. É urgente que se tomem medidas. Temos uma responsabilidade com a geração seguinte. Depois de 1755 foram tomadas precauções que se perderam ao longo dos tempos.”
“A questão sísmica é muito simples de explicar. Podemos ter um terramoto com 40 ou 50 mil mortos e a destruição do parque industrial português ou podemos ter um sismo com poucos feridos e sem qualquer abalo na economia.
As autoridades camarárias, nomeadamente, a Câmara Municipal de Lisboa, têm já planos de emergência em caso de abalo sísmico, isto é, soluções para a coordenação das autoridades, mas na maioria dos casos, apenas para depois da catástrofe e dependendo da dimensão.

Texto adaptado de: http://diario.iol.pt/noticia.html?id=479932&div_id=4071


“Construção da segunda fase do betão armado (posterior a 1970)
(dispersa por Lisboa e dominando as novas zonas de expansão que ocupam as últimas áreas livres da cidade):
- Há um número crescente de edifícios fundados por estacas, pois os terrenos disponibilizados para construção na cidade são cada vez piores do ponto de vista das suas características geotécnicas.
- A qualidade dos projectos licenciados pela Câmara Municipal de Lisboa tem sido, em geral, muito baixa, embora a partir da década de 90 se assista a uma melhoria associável ao desenvolvimento de empreendimentos de grande dimensão.
- Constatam-se numerosas diferenças entre as estruturas executadas e as que tinham sido licenciadas, a par de deficiências acentuadas na qualidade dos betões e das armaduras utilizadas, devido à ausência de fiscalização adequada e de um sistema eficaz de garantia da qualidade dos projectos (verificação e certificação).

* Segundo a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES)”

Adaptado de http://www.casamais.info/fragilidade-sismica.html

18 comentários:

  1. Com este texto podemos verificar que Portugal anda a gastar o dinheiro onde não deve e devia insistir mais na segurança dos cidadãos contra as catástrofes naturais e não noutras coisas. Se por exemplo existisse um sismo como o do Haiti as construções Portuguesas como estão muito fracas a nível de sismos estas não iam aguentar.
    Para ver se remediamos isto e para não termos construções "rascas" temos de gastar o dinheiro nesta segurança para bem da população portuguesa. Agora creio que nós todos nos perguntamos onde o nosso dinheiro dos impostos anda a ser gasto pelo governo. Espero que o governo aprenda uma lição antes de ser tarde de mais! E assim poderíamos evitar grandes desgostos na nação Portuguesa.

    Francisco Salgado 8ºB Nº9

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  2. Se houvesse um sismo nada aguentaria com ele visto que as câmaras e até o próprio estado não controla como as casa são feitas nem onde são feitas. Provavelmente Portugal ficaria tão mal quanto ficou o Haiti, nomeadamente Lisboa porque é uma cidade muito grande e se de repente houvesse um sismo morreriam muitas pessoas, provavelmente milhares e milhares delas sem que ninguém soubesse como isso aconteceu. Acho que as câmaras deviam controlar melhor as construções que se fazem e ter sempre lá um representante para controlar a situação e punir aqueles que não fazem construções anti sísmicas. Neste momento Portugal está a passar por uma grave complicação financeira e pelo que se vê no telejornal também existem muitas corrupções e por isso se neste momento houvesse um sismo Portugal não teria maneira de contornar a situação.
    Parece-me que com estas corrupções, os graves problemas financeiros e ate a instabilidade do governo, Portugal poderia desaparecer do mapa, ou seja, neste momento Portugal esta por um fio de ir para a ruína e a única maneira de o impedir e de equilibrar as finanças rapidamente e muita solidariedade dos outros países. Só assim é que Portugal se poderá safar da sua destruição eminente. Para prevenir os sismos deviam-se construir casas anti sísmicas e demolir as outras pondo as pessoas nas respectivas casas e assim ficariam muito mais seguras.

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  3. Podemos concluir que muitas das casas Portuguesas não estão perparadas para um sismo de escala muito elevada,como por exemplo o do Haiti.Haveria um enorme projuizo na zona de Lisboa.Na minha openião todas as medidas adoptadas por Portugal para prevenir os sismos deveriam ser trabalhadas. Joao Narciso 8A

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  4. Rodrigo Ribeiro

    Eu com o que li acho que Portual se encontra numa situação muito perigosa pois muitas das casas existentes são muito antigas, voudar um exemplo, na cidade de Lisboa muitas das casas que foram construidas depois do terramoto de 1755 ainde se encontram de pé sem nunca terem sido restauradas, portanto eu acho que deviamos divulgar mais estes tipos de documentos para ver se tornamos Portugal num sitio mais seguro.

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  5. Portugal está á “frente” quando falamos de conhecimento científico e técnico a nível sismológico. Mas para contrastar, o nível de aplicação desse mesmo conhecimento põe Portugal, mais uma vez, na cauda da Europa. As construções portuguesas não estão preparadas para um sismo de grande intensidade. Um tremor de terra de muita intensidade pode trazer a tragédia a muitas famílias. Mas não só. O parque industrial do país também não tem construções ao nível do risco que existe especialmente no Litoral Centro e Sul do país.

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  6. Eu acho que se não se fizer nada poderá acontecer uma grande catástrofe como diz a seguinte frase «Infelizmente as construções anti-sísmicas em Portugal estão ao nível de um país do terceiro mundo.»
    Isto é muito grave pois se acontecer um sismo poderá afectar muitas pessoas, principalmente na zona de Lisboa e no Algarve. Como diz no texto, os edifícios em Portugal não têm nenhuma protecção contra este tipo de tragédias.
    As Câmaras podem ter planos para reforçar os edifícios, mas costumam demorar bastante tempo para serem aplicados. E depois também não há fiscalizações suficientes para inspeccionar todos os edifícios.
    Mesmo assim ainda há muitas construções que estão a ser feitas e também não têm nada para protege-las contra os sismos. Se o sismo ocorrer em Lisboa com mais intensidade, todos os hospitais, escolas, etc. podem ruir e matar várias pessoas. É urgente começar a dar mais atenção a este assunto para não acontecer o mesmo que aconteceu no Haiti.

    Luciano Silva

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  7. Este texto permitenos verificar que Portugal não tem medidas de prevenção anti-sísmicas e que um dia se houver um sismo das dimensões do que se passou no Chile ou mesmo no Haiti possam ter como resultado uma catastrofe de dimensões calamitosas.

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  8. Estes textos estão a dizer que as pessoas não se preocupam com as suas casas e assim quando houver um sismo as casas sem as devidas protecções desabam todas.

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  9. Se houvesse um sismo em Portugal este ficaria destruído, pois as casas portuguesas não têm sustentabilidade para se manterem em pé depois de um sismo. A lei de anti-sismos existem mas ninguém verifica se a lei é cumprida nas construções. Portugal não está preparado para um sismo, é urgente tomar medidas e precauções e promover as construções anti-sísmicas. Assim, com este pequeno gesto, Portugal terá menos estragos após um sismo.

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  10. Claro que podemos verificar que Portugal está mal "equipado" em construções contra sismos e que não estamos a gastar dinheiro onde devíamos.
    Devíamos prevenir as construções e criar mais planos de emergência pois quando somos afectados por um sismo só nos lembramos de construir e realizar mais planos depois da catástrofe onde o pior já aconteceu.
    Preocupam-se com a economia em vez de se preocuparem mais um pouco com a resistência do país contra catástrofes naturais, é obvio que o país iria cair em decadência, com falta de dinheiro e meios para as populações reconstruírem as suas habitações.
    Podemos verificar estes a acontecimentos nas últimas catástrofes naturais.
    André Quintino N/3 8ºB

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  11. Infelizmente em Portugal, e em tantos outros países, os edifícios não estão preparados para sofrer fortes abalos sísmicos. Considero que as ideias expressas nos textos são exemplo da nossa realidade. As construções não são muito resistentes pois muitas vezes os construtores esquecem a lei e para obter maiores lucros poupam no material, pondo em risco a estrutura e segurança dos edifícios. Por outro lado, a fiscalização esquece o seu papel, não garantindo a qualidade dos projectos. Tal situação não deveria acontecer.
    É urgente tomar medidas para que, caso haja um sismo em Portugal, se evite uma catástrofe de grandes dimensões como as que assistimos, muito recentemente, no Haiti e no Chile. O primeiro passo a dar consiste em ter responsabilidade civil e social. A lei que rege as construções anti-sísmicas tem que ser respeitada e aplicada. Só assim poderemos minimizar, evitar e resistir às consequências de um grande sismo.

    Inês Miranda, nº7, 8ºA

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  12. Carolina Pereira 8ºA

    Portugal está na linha da frente quando falamos de conhecimento científico e técnico a nível sismológico. Mas para contrastar, o nível de aplicação desse mesmo conhecimento põe Portugal, mais uma vez, na cauda da Europa. As construções portuguesas não estão preparadas para um sismo de grande intensidade. Um tremor de terra «a sério» pode trazer a tragédia a muitas famílias. Mas não só. O parque industrial do país também não tem construções ao nível do risco que existe especialmente no Litoral Centro e Sul do país.

    As falhas na actuação do Estado na prevenção sísmica parecem evidentes. O próprio secretário de Estado Adjunto e das Obras Públicas, Jorge Costa, admitiu no Seminário sobre «Prevenção e Protecção das Construções contra Riscos Sísmicos» que «os municípios, ansiosos pela dinamização económica, não estavam preparados técnica e cientificamente para planeamentos e inspecções rigorosas».

    O resultado são milhares de casas sem construções anti-sísmicas. É neste contexto que na sociedade civil surge, recentemente, um organismo que permite apontar as falhas e penalizar quem de direito

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  13. Ao ler os textos posso concluir que as construções portuguesas não estão preparadas para um sismo de grande intensidade. Um tremor de terra «a sério» pode trazer a tragédia a muitas famílias. Mas não só, também pode causar muitos danos a nível económico. Portugal deveria apostar muito mais e a sério nas construções anti-sísmicas.. A construção dos edifícios é essencial na área da prevenção. Aqui pode estar a diferença entre mortos e feridos. O impacto económico de um sismo pode ser catastrófico para Portugal. Já para não falar em vidas perdidas. As falhas na actuação do Estado na prevenção sísmica parecem evidentes.
    ana silva n 1 8a

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  14. Com este texto aprendi que infelizmente as construções em Portugal ficam muito á caem das construções de edifícios reforçados e reparados para receber um sismo sendo mesmo como foi referido do terceiro mundo sendo urgente tomar medidas de precaução, pois depois do grande e conhecido terramoto de 1755 elas foram tomadas porém ao longo dos tempos foram-se perdendo e não foram tomadas. Se essas medidas fossem tomadas não teríamos muitos mortos e feridos e a economia não seria muito afectada pois não existiria muito para construir ou seja não era necessário recuar anos atrás para reconstruir novamente logo também não haveria muitos custos. Embora que a lei exista não está a ser comprida e também ninguém verifica bastando apenas a assinatura de um engenheiro civil. Existem câmaras que têm planos emergência em caso de sismo porém na maior parte dos casos são para depois da catástrofe natural e dependem da dimensão do mesmo. Aprendi também que existem cada vez mais edifícios fundados por estacas pois a qualidade dos terrenos disponibilizados para a construção são muito maus em termos de características geotécnicas e que existem muitas diferenças entre as estruturas executadas e as que já tinham sido licenciadas nomeadamente nas armaduras e nos betões utilizados isto devido essencialmente á ausência da fiscalização e de um sistema eficaz de garantia da qualidade dos projectos.

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  15. Portugal é um país que não está preparado para um sismo igual ao que aconteceu no Haiti. As construções não tem condições suficientes para uma pessoa se proteger de um sismo, não têm uma estrutura anti-sismica, o que provocara o desabamento da maioria delas. Caso ocorra em Lisboa um terramoto como o que ocorreu em 1755, milhões de casas vão ser destruídas e milhões de pessoas vão morrer. A população ficara presa entre três forças da natureza, maremoto, terramoto e fogo, como em 1755.
    A partir de 1755 começaram a tomar-se medidas em relação à protecção anti-sismica. Medidas essas que se foram perdendo ao longo dos tempos e hoje em dia as construções não estão preparadas para um sismo.
    Cristiana Bento, nº7, 8ºB

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  16. Na minha opiniao, Portugal nao se importa com as construções das casas, estao sempre a criar novos predios só para arranjarem dinheiro e nao lhes interessa se as construções estao boas ou más.
    Se existisse um sismo em Portugal muita gente morreria pois as casas cairiam praticamente todas. E ainda por cima se viesse um maremoto tal como em 1755 morreria tanta ou mais gente. Se agoracom asinundações esta num caus entao com o sismo o que seria de nós.

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  17. Com sismos fortes Portugal não tem casas que aguentem

    Portugal está na linha da frente quando falamos de conhecimento científico e técnico a nível sismológico. As construções portuguesas não estão preparadas para um sismo de grande intensidade. Um tremor de terra a sério pode trazer a tragédia a muitas famílias. O parque industrial do país também não tem construções ao nível do risco.
    As falhas na actuação do Estado na prevenção sísmica são evidentes. O resultado é milhares de casas sem construções anti-sísmicas. A questão sísmica é muito simples de explicar. Podemos ter um terramoto com 40 ou 50 mil mortos e a destruição do parque industrial português ou podemos ter um sismo com poucos feridos e sem qualquer abalo na economia. Infelizmente as construções anti-sísmicas em Portugal estão ao nível de um país do terceiro mundo. Se acontecer uma catástrofe como no Haiti ou no Chile não temos casas que aguentem. É urgente que se tomem medidas. A construção dos edifícios é essencial na área da prevenção. Aqui pode estar a diferença entre mortos e feridos. O impacto económico de um sismo pode ser catastrófico para Portugal. Já para não falar em vidas perdidas.

    Beatriz 8º A

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  18. Ciências Naturais - "Com sismos fortes Portugal não tem casas que aguentem."

    Concordo com os textos que li. Cada vez há mais sismos e a maioria das pessoas, continuam a não tomar as medidas necessárias e só depois de grandes abalos e muitos estragos, como as destruições de lares e famílias é que as pessoas pensam no que podiam ter feito.
    Aliás, o País está envolvido numa grande crise económica e o Estado que devia tomar a iniciativa de alertar as comunidades para este tipo de medidas que são importantes, gasta cada vez mais dinheiro em coisas "sem importância" e aquilo que deve ser feito, como tomar medidas de prevenções anti-sismicas e construir habitações com forte suporte, não é feito. É também por falta de informação e treino,que por vezes,as pessoas não estão preparadas para este tipo de coisas e entram em pânico, o que não ajuda nada. São realmente muito poucas as habitações com suporte anti-sismo, o que é bastante mau porque verifica-se cada vez mais uma maior quantidade de sismos em todo o Mundo que porém são muito intensos na Escala de Richter.
    No Haiti, por exemplo, as casas eram bastante fracas e houve muitas derrocadas, logo, houve muitos mortos e muitas pessoas ficaram sem casa e até sem família.
    Podemos concluir assim que há falta de investimento para este tipo de coisas, que são bastante importantes e quando acontecem podem destruir tudo e matar milhões de pessoas. Ou há muitas mortes e fica tudo destruído, ou há poucas mortes e fica quase tudo a salvo.

    Bárbara Silva 8ºB

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